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Humor do Boca: “Pior do que está não fica”

 

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Com o afastamento da Dilma do PT, cria-se uma expectativa de melhoras no pais. Para economistas e analistas  equilibrar contas, retomar confiança e realizar reformas estruturais e institucionais estão entre os principais desafios do novo governo.

Especialistas avaliam que a mudança traz uma melhora nas expectativas – ainda que alguns alertem para o excesso de otimismo e risco de aprofundamento da crise –, mas destacam que qualquer recuperação na economia dificilmente ocorrerá antes de 2017.

Veja os números da economia brasileira que Temer irá enfrentar

Veja abaixo o que economistas e analistas do mercado disseram sobre o afastamento de Dilma e as expectativas sobre o governo Temer.

Simão Davi Silber, professor de economia da FEA/USP

Existem duas grandes oportunidades”

“As perspectivas econômicas de curto prazo do governo Temer são muito ruins em função da desorganização dos mercados comandada pelo governo federal desde 2010. Teremos em 2016 uma queda acentuada do PIB, próximo a 4%, aumento de desemprego para 12% (12 milhões de brasileiros desempregados) e inflação próxima de 7%. É um cenário desafiador. O grande desafio é o de sinalizar um ajuste fiscal que permita evitar uma trajetória explosiva da dívida pública e resgatar a credibilidade do país. Para isto existem duas grandes oportunidades: um programa ambicioso de concessões em infraestrutura e negociação rápida do acordo com a União Europeia, que coincidentemente começa neste mês de maio. Se forem feitos, as perspectivas devem se reverter e teremos uma recuperação da economia a partir de 2017.”
Alexandre Schwartsman, o ex-diretor do BC e sócio da Schwartsman & Associados

É necessário um ajuste fiscal”

“Os desafios são imensos, em particular reverter os desmandos da gestão anterior, que arruinou as contas públicas e colocou a dívida pública em trajetória perigosa, que, na ausência de medidas corretivas, terá consequências negativas para a inflação e crescimento. É necessário um ajuste fiscal, combinando medidas de curto prazo (contingenciamento), médio prazo (recuperação de graus de liberdade na gestão orçamentária) e longo prazo (reforma previdenciária) para convencer os agentes de uma mudança radical na atual dinâmica do gasto público. Ao mesmo tempo, a retomada das concessões deve se tornar o principal canal de estímulo a investimentos, com reflexos positivos também no orçamento. Com tudo isto, porém, não se deve esperar uma recuperação particularmente vigorosa da economia, mas estabilização nos próximos trimestres e retomada mais para 2017 e 2018. Mais para o fim deste período poderemos ter, se tudo for bem feito, crescimento algo mais robusto. A tarefa deve continuar para quem assumir o governo depois das eleições de 2018”.

 

Thais Marzola Zara, economista-chefe  da Rosenberg & Associados

  • O foco total será sobre os primeiros dias”

“O foco total será sobre os primeiros dias de Temer como presidente. Somente a divulgação de sua agenda e as primeiras votações irão dizer se a base em construção, que se mostra mais fisiológica que programática, é realmente sólida e fiel. Os preços de ativos brasileiros e as expectativas já embutem a troca de comando do governo, bem como sucesso na aprovação de pelo menos algumas medidas/soluções que amenizem o descalabro das contas do governo, como a DRU, por exemplo. Novas melhoras ocorrerão mediante entregas efetivas, como algum progresso na questão da Previdência, sucesso em privatizações/concessões, etc. A boa notícia é que a redução das fricções causadas pela crise política abre espaço para um melhor encaminhamento da questão fiscal”.
Pedro Rossi, professor do Instituto de Economia da Unicamp

O governo deve incorrer em 2 grandes erros”

“Esse governo interino que ascende ao poder por meio de um processo questionável deve incorrer em dois grandes erros econômicos: 1º) dar continuidade à política de austeridade que tem contribuído para deprimir a economia brasileira e que se mostra contraproducente quanto ao seu objetivo de reduzir a divida pública e 2º) impor à sociedade reformas estruturais que não passariam pelo crivo das urnas, o que tornará ainda mais impopular, antidemocrático e ilegítimo”.

 

José Roberto Afonso, economista e pesquisador do Ibre/FGV

O desafio é monumental”

“O novo governo Temer receberá a mais pesada herança maldita da história macroeconômica do Brasil e talvez da maioria dos outros países. Se o desafio é monumental, ao menos tem uma oportunidade única e ímpar de ter apoio parlamentar para realizar profundas reformas institucionais que reponha o país no trilho do crescimento que, realisticamente falando, só virá no médio e longo prazo. Não faltam soluções técnicas à disposição do novo governo, ainda que sejam complexas e difíceis. Espero que não falte vontade política.

Em Resumo:

“Pior do que está não fica”

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