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Crise na Saúde de Feira: Diretor diz que Clériston Andrade não tem espaço para receber novas macas

 

 

 

sem macas
Outro problema apontado por Pitangueira é o aumento no número de pacientes que procuram o Clériston, recém-saídos dos planos de saúde

 

Vai botar aonde? Questionou o diretor do Hospital Geral Clériston (HGCA), José Carlos Pitangueira, em entrevista ao Acorda Cidade na manhã de hoje (8), sobre as macas que o governo do estado terá que fornecer à unidade de saúde, para evitar que os equipamentos do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) não fiquem retidos no local à espera de leitos na emergência.

De acordo com o diretor, o Clériston está estrangulado e “não tem mais pra onde ir”. “Temos que resolver é como vai ‘rodar o leito’. Não pode ficar um paciente 30 dias esperando por uma cirurgia. Tem paciente que não é para estar no Clériston e está lá, porque não tem pra onde ir. Não tem mais espaço para colocar maca, está cheio todos os dias”, declarou, sobre a dificuldade de atendimento no HGCA.

Outro problema apontado por Pitangueira é o aumento no número de pacientes que procuram o Clériston, recém-saídos dos planos de saúde, o que, segundo ele, vai aumentar ainda mais com o reajuste de 13,57% autorizado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) para os planos privados. “Só tem a gente para 127 municípios. Hoje você não tem mais leito de Dom Pedro, nem na Casa de Saúde Santana. Não pode um hospital de emergência ter 7.500 atendimentos clínicos esse ano. Uma média de 1.500 por mês. Isso é que não pode”, afirmou.

“É o único hospital que dá vaga de UTI para pacientes que são operados. Não adianta essa conversa de maca e de leito. Nós queremos saber como é que podemos ser ajudados. Precisamos tentar resolver os problemas da saúde de Feira”, continuou o diretor.

As declarações feitas pelo diretor do HGCA são uma resposta à determinação da desembargadora Maria do Socorro, presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que negou o pedido do Estado para suspender uma liminar que impedia as macas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de ficarem retidas no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana.

De acordo com a decisão, o governo do estado terá que suprir a demanda de macas dos pacientes, uma vez que a retenção das macas do Samu e de municípios vizinhos prejudica os atendimentos do serviço móvel de urgência. Segundo o promotor autor da ação, Audo Rodrigues, as ambulâncias ficam retidas no hospital durante horas devido à falta de leitos, o que pode causar danos irreparáveis ou de difícil reparação para a população.